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Qual é a história completa do nascimento de Jesus?

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O anjo disse-lhes: “Não temais, pois eis que vos trago boas notícias de grande alegria que serão para todo o povo”. Porque vos nasceu hoje na cidade de David um Salvador, que é Cristo, o Senhor. Encontrareis um bebé embrulhado em panos e deitado numa manjedoura”. Foram depressa e encontraram Maria e José, e o bebé deitado numa manjedoura (Lucas 2:10-11,16).

p>A história do nascimento de Jesus é conhecida como a Natividade, onde os anjos saúdam os pastores que observam os seus rebanhos e os conduzem ao lado do menino Rei Jesus, descansando numa manjedoura.Young Mary (ainda virgem) e José, o seu noivo, maravilham-se com o relato dos pastores. “Maria guardou todas estas coisas, ponderando-as no seu coração” (Lucas 2:19).

O episódio está relacionado em apenas algumas linhas, no entanto a narrativa completa abrange séculos e inclui todas as características que se esperaria de uma história envolvente.

Parte Um: Prólogo

Deus disse a Moisés: “Eu levantarei para eles um profeta como tu dentre os seus companheiros israelitas” (Deuteronómio 18:18).

Outra profecia pinta um quadro semelhante para David: “Eu levantarei a tua descendência para te suceder, a tua própria carne e sangue, e estabelecerei o seu reino. Estabelecerei o trono do seu reino para sempre” (2 Samuel 7,12-13).

O “ele” aqui é Jesus, que foi descrito séculos antes da história do seu nascimento. Tais promessas teriam levado o público original a perguntar-se “o que significa o Senhor com isso?”

Deus prefigurou a vinda de um Salvador para resgatar Israel dos seus inimigos. A profecia bíblica sobre o nascimento de Jesus torna-se mais específica em Isaías: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Isaías 7,14).

Isaías 9,6 diz “porque para nós nasceu um Menino; para nós foi dado um Filho”. Israel estava ainda a cerca de 700 anos de distância do nascimento de Cristo. Este prólogo proporciona um vislumbre de esperança e excitação.

Parte Dois: Introdução

Skip adiante para a Palestina dominada pelos romanos. Um anjo veio a Maria e disse-lhe que ela foi escolhida pelo Senhor para carregar e dar à luz o seu santo Filho.

“E eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Jesus. Ele será grande e será chamado o Filho do Altíssimo. E o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai David, e reinará sobre a casa de Jacob para sempre, e do seu reino não haverá fim” (Lucas 1,32-33).

O anjo explicou como se realizaria a concepção de Jesus: “O Espírito Santo virá sobre vós, e o poder do Altíssimo vos ofuscará”. (Lucas 1,35) Maria aceitou ser mãe de Jesus, e o nascimento do Salvador do mundo estava agora a apenas nove meses de distância.

Parte Três: Acção Crescente

A poucos versículos separam concepção e nascimento durante os quais Maria fica com Isabel. Como parte do enredo, Isabel (prima de Maria) também ficou grávida apesar de “Isabel era estéril, e ambas foram avançadas em anos”.

Um anjo tinha visitado Zacarias, dizendo “a tua mulher Isabel dar-te-á à luz um filho, e chamarás o seu nome João”. E ele entregará muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus” (Lucas 1:13,16).

Isaías 40:3 profetizou sobre João, aquele que gritará “no deserto, preparai um caminho para o Senhor”. Se isto fosse um pedaço de ficção, poder-se-ia dizer que Deus estava a preparar os seus leitores para uma sequela, prefigurando o ministério de Jesus.

Meanwhile, Elizabeth tornou-se uma das poucas pessoas, juntamente com Maria e José, a perceber que o Senhor estava prestes a concretizar o seu plano salvífico

Elizabeth deu à luz, “e os seus vizinhos e parentes ouviram que o Senhor lhe tinha mostrado grande misericórdia, e regozijaram-se com ela” (Lucas 1:58). Alegria e esperança construídas com a acção crescente.

Na sua circuncisão, quando João foi nomeado, a boca de Zacarias foi aberta. “O medo veio sobre todos os seus vizinhos. E todas estas coisas foram faladas em toda a região montanhosa da Judeia, e todos os que as ouviram, deitaram-nas no seu coração, dizendo: ‘O que será então esta criança? Pois a mão do Senhor estava com ele” (Lucas 1:65-66).

A excitação do leitor cresce, e a história avança.

A Caracterização de Deus

Os leitores são persuadidos a continuar a ler até ao clímax pelas suas relações com os personagens. Deus é o herói da sua própria história, apelando ao leitor com o seu poder, a forma como cumpre as suas promessas, e o seu amor.

Os leitores vêem-no através dos olhos de Maria, Isabel, e até dos anjos, fazendo com que o leitor comece a esperar e antecipar as mesmas coisas pelas quais Israel sempre rezou: Um Salvador dos seus inimigos.

O tempo tinha entorpecido o limite da esperança, mas o carácter de Deus tinha sido estabelecido, pelo que a esperança pode construir de novo. Poderá o bebé de Maria ser o tal? O leitor chega a acreditar que, sim, Maria está prestes a dar à luz Immanuel.

Zechariah esqueceu o carácter de Deus apesar da sua vocação de sacerdote. Em algumas traduções, Zacarias perguntou ao anjo: “Como saberei isto”, mas noutras, ele pergunta ao anjo: “Como posso ter a certeza” ou, “Como podes provar isto? (Lucas 1:18).

É por isso que ele fica mudo e surdo, uma consequência que silencia a dúvida e contrasta com a fé de Maria e Isabel. O Salvador está a chegar, e o leitor está ansioso por conhecê-lo.

Parte Quatro: Clímax

Maria e José embarcaram na longa caminhada de Nazaré até Belém para serem contados como parte do censo romano. A cidade estava cheia de gente, o que significava que não havia lugar na “kataluma” ou “pousada”, que a concordância de Strong descreve como um lugar de alojamento, possivelmente um quarto de hóspedes numa casa privada.

Por outras palavras, Maria provavelmente deu à luz numa casa, e o presépio não estava num estábulo no exterior. “É muito plausível que uma manjedoura tivesse sido mantida em casa em vez de um estábulo” porque foram trazidos animais para dentro para os proteger.

Então, os pastores chegaram, contaram a Maria e José o que os anjos lhes tinham dito, e Maria “guardou todas estas coisas, ponderando-as no seu coração”. Os pastores regressaram aos seus rebanhos “glorificando e louvando a Deus” (Lucas 2,18.19). O tão esperado Salvador tinha finalmente nascido.

Símbolo da História de Nascimento

Jesus nem sequer foi circuncidado quando os pastores chegaram à “estalagem”, a menos que Lucas tivesse registado detalhes fora de ordem. Isto parece improvável dada a intenção de Lucas de fornecer um “relato ordeiro” dos acontecimentos (Lucas 1:3).

É significativo que Maria seja considerada impura, segundo a lei? Levítico 4:4 diz: “Ela não tocará em nada santo, nem entrará no santuário até que os dias da sua purificação estejam completos”.

Os pastores não eram santos, Maria não entrava num lugar sagrado, e nenhuma menção é feita de abraçar ou apertar as mãos com estes homens.

Até lá, os pastores são figuras simbólicas. O simbolismo permite a um escritor estabelecer um significado profundo com poucas palavras. Aqui estão três formas de os pastores amarrarem Cristo ao resto da Bíblia desde o nascimento:

1. Jesus é referido tanto como um pastor como um cordeiro (Marcos 14,27; João 1,36). Vemos Deus também descrito como Pastor (Salmo 28,9). Há abundância de imagens de Pastor-de-carneiro nos Salmos (Salmo 80:1,95:7,79:13).

2. As primeiras pessoas a saber que o seu Rei nasceu foram alguns dos indivíduos mais baixos da sociedade judaica. Jesus veio para procurar e salvar pecadores e passaria grande parte do seu tempo com os proscritos e marginalizados.

3. O seu papel como pastores tornou estes homens culturalmente impuros, enquanto que a sua ocupação podia ser por vezes suja. “Os pastores estavam nos campos entre ovelhas malcheirosas e não tão puras”

Deus já desafiava o legalismo e a hipocrisia, convidando pessoas impuras para uma cena impura, ao lado da manjedoura do seu Filho puro e perfeito.

Jesus, que veio salvar os manchados e quebrados, tornaria todos limpos. “O sangue de Jesus purifica-nos de todo o pecado” (1 João 1,7).

O simbolismo unifica a narrativa da Natividade com toda a história de Jesus, a Bíblia como um todo. Prefiguram acontecimentos futuros, lembram ao leitor as promessas do Antigo Testamento, e ajudam-nos a compreender melhor o Messias.

Parte Cinco: Denouement

Não se fala muito mais sobre a vida de Jesus antes do início do seu ministério. A família foi visitada por Magos; eles fugiram da raiva assassina do Rei Herodes.

A acção ressuscitaria em breve quando Jesus começasse a pregar o Reino vindouro, levando ao clímax de toda a história verdadeira de Deus com a crucificação de Jesus e a sua heróica derrota do pecado, Satanás, e a morte.

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