A Contribuição Pretendida da Índia determinada a nível nacional (INDC) de criar um sumidouro de carbono adicional de 2,5-3 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente através de uma cobertura adicional de florestas e árvores até 2030, é pouco provável que se concretize, disse Saibal Dasgupta, director-geral adicional de florestas.
A taxa actual de florestação – 35 milhões de toneladas por ano de dióxido de carbono equivalente – é inferior ao que é necessário para atingir o objectivo. “A este ritmo, haverá um défice em relação à meta prometida”, disse Dasgupta a 17.
Vários programas de florestação como a Missão Índia Verde (GIM) e o Programa Nacional de Florestação (NAP) estão subfinanciados, a Comissão Parlamentar Permanente para a Ciência e Tecnologia, Ambiente e Florestas declarou no início deste ano.
Tinha havido um declínio na área de progresso trazida sob reflorestação como parte do PNAI – de 80.583 hectares em 2013-14 para apenas 35.986 hectares em 2015-16 – o relatório Status of Forests in India (Situação das Florestas na Índia) divulgado a 12 de Fevereiro pelo Comité Permanente afirmou.
O relatório também concluiu que não houve estudos recentes para conhecer a eficácia destes programas.
“O Ministério deveria realizar um estudo para avaliar o impacto do Programa Nacional de Arborização e da Missão Índia Verde na melhoria da qualidade das florestas degradadas, para que o seu impacto real na cobertura florestal seja conhecido e para que outras estratégias a este respeito possam ser delineadas em conformidade”, recomendou.
Dasgupta falava no Workshop Nacional sobre o Programa de Definição de Objectivos da Neutralidade da Degradação da Terra. O seminário realizou-se na preparação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação das Partes 14, a realizar na Índia de 2 a 13 de Setembro.
Apontou que para aumentar a arborização e reduzir a degradação da terra, era necessário melhorar a qualidade da floresta nas categorias ‘Florestas Abertas’ e ‘Arbustos’.
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